A Prefeitura de Goiânia, prestes a completar dois meses sob nova administração, registra uma série de avanços nas áreas de saúde, educação e infraestrutura. Mesmo diante dos desafios financeiros herdados, com uma dívida de aproximadamente R$4 bilhões, a atual gestão implementou estratégias para assegurar a continuidade dos serviços essenciais à população.
Uma das primeiras medidas adotadas pelo prefeito Sandro Mabel para restabelecer a saúde financeira da prefeitura, com o objetivo de garantir R$1 bilhão de investimentos por ano, a partir de 2026, foi a instituição do Comitê de Controle de Gastos (CCG). No dia 2 de janeiro, um dia após tomar posse, Mabel assinou decretos de calamidade pública para as finanças e para a saúde, buscando otimizar recursos e reequilibrar as contas públicas.
Para a volta às aulas, o prefeito destinou R$19 milhões para melhorias em 341 unidades escolares municipais. O recurso foi utilizado em reparos estruturais e na aquisição de materiais necessários ao aprendizado. Desde o início do ano letivo, a Prefeitura de Goiânia disponibilizou seis mil novas vagas, sendo que 2,3 mil vagas ainda estão disponíveis.. “Nosso objetivo não é apenas criar vagas, mas garantir que elas estejam onde as famílias precisam, com horários e estruturas que atendam à realidade de quem vive e trabalha em Goiânia”, defende o prefeito.
A administração repassou R$7 milhões em recursos do Programa de Autonomia Financeira/PAFIE para garantir a alimentação das crianças e estudantes por cerca de 30 dias letivos. Também foi realizada a devolução de dois galpões alugados usados para guarda de inservíveis e livros. O material foi destinado a entidades credenciadas, já os livros em condições de uso foram direcionados para as escolas. A medida gerou uma economia de 110 mil em aluguel por mês.
- Saúde
Somente na área da saúde, os avanços incluem o pagamento integral do salário de janeiro e fevereiro aos médicos credenciados e a ampliação do atendimento infantil para todas as unidades da rede de urgência e emergência. Na prática, mais de 20 mil atendimentos a crianças e adolescentes foram realizados na rede de urgência e emergência e o tempo de espera para atendimento ao público infantil foi reduzido em 47%.
Também foi realizado o repasse integral de recursos enviados pelo Ministério da Saúde aos prestadores de serviços em saúde do município. Os pontos de atendimento de urgência e emergência em ortopedia foram reorganizados e ampliados de três para quatro unidades. Agora, os atendimentos são realizados nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Itaipu, Noroeste, Jardim América e Novo Mundo, contemplando os distritos sanitários com maiores demandas pelo serviço.
Os serviços essenciais, como as visitas domiciliares para o combate à dengue, foram ampliados (mais de 400 mil visitas realizadas e mais de 9 mil focos do mosquito eliminados). A secretaria realizou ainda compra emergencial de medicamentos e insumos para mitigar o desabastecimento das unidades de saúde, enquanto contratos com suspeita de irregularidades foram suspensos para ampla reavaliação. Quatro contratações já foram suspensas pela pasta.
- Infraestrutura
Dentre os principais desafios da administração na área de infraestrutura está o alto número de buracos nas vias da capital. Para enfrentar o problema, a Seinfra tem intensificado os trabalhos de recuperação viária em todas as regiões. Desde o início da gestão, a operação tapa-buracos foi regularizada, e 47.695 buracos foram tapados.
Para garantir essa ampla cobertura, 10 equipes atuam diariamente, atendendo as demandas registradas pelo aplicativo Prefeitura 24h e pelo Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) da Seinfra. Além das operações cotidianas, a prefeitura tem integrado o serviço de tapa-buracos aos mais de 14 mutirões realizados nos bairros. O Programa 500 Km segue com a requalificação asfáltica de ruas e avenidas, totalizando 30 quilômetros de vias recuperadas. Já as obras de drenagem passam por processo de reavaliação e renegociação.
- Retomada de obras
A Prefeitura de Goiânia renegociou as dívidas deixadas pela gestão anterior e acordou a retomada dos serviços de implantação dos espaços modulares na Saúde a partir de março. Por determinação do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e da Controladoria Geral do Município (CGM), o contrato com a empresa Porto Engenharia, responsável pelas obras da UPA Guanabara, Ciams Pedro Ludovico, Cais Amendoeiras, Cais Novo Horizonte, CROF e Centro de Saúde Água Branca foi suspenso.
A SMS prepara novo processo para contratação, em caráter emergencial, de empresa para dar continuidade à requalificação das unidades de saúde. Com relação ao Centro de Referência em Ortopedia e Fisioterapia (CROF), 92% da obra já foi concluída e a finalização do centro cirúrgico da unidade depende da contratação de nova empresa.
“Nosso trabalho é colocar as coisas nos eixos, reavaliar tudo o que pegamos em andamento para então avançar. Não vamos só pagar folha, todos os nossos esforços são para que Goiânia funcione, com saúde, educação e obras de qualidade. Os resultados já são aparentes, as pessoas sentem que as coisas começaram a mudar”, afirma o prefeito, ao defender que a gestão já começa a superar período mais crítico.